quarta-feira, 15 de setembro de 2010

O Grande Outro


O gigante segue a estrada comigo, homem de lata no meu mundo de Oz. Ele serpenteia minha poesia, desperta meus demônios. Grita. Peço silêncio. Imploro. Ele grita. Suas melodias são lamentos, acordes pesados. Ele grita em minhas entranhas. Estupra meu ser. Desperta. Desperta. Cansei. Parece pesadelo. Vejo uma criança distante, ela sorri, me traz uma flor. Girassol. Enfeita meu jardim. Suas canções eu sempre quis ouvir. Mas ele golpeia meu ser, dilacera o coração. Faz uma canção. Estou com frio. Às vezes adormeço em seus braços, acredito. Ilusão. O grande outro vive em mim, é minha sina. Errante. Ele é minha dor. O menino chora. Seu gigante, mais cruel que o meu. Eu amo meu gigante... A estrada continua escura, não vejo nada. Subi a colina, vejo um precipício. Quero voar. Me encontrar. Segura a minha mão. Eu sei. Eu posso voar. Vento. Orvalho. Menina. Desperta o mundo em mim. O gigante está próximo. Suspira ao meu ouvido. Dorme comigo.
Bom dia!
Sonho
Fantasia
Medo
Liberdade
O grande outro...