quinta-feira, 10 de junho de 2010

Je t'aime


Chora.
A mulher reclama o amor não recebido. O menino, encanta meu coração. Faz festa, enfeita a minha alma, me cobre de flores. Seu riso inocente me faz querer viver, me faz esquecer.
O amor morreu sem a cor do gineceu, escrevo para as estrelas, perto da Lua, onde meus devaneios sublimam. Onde minha loucura, expulsa sua verdade. Meu delírio entregue, me faz decifrar. Minha dor se esvai, o corpo pulsa, pulsa e eu não sei do meu lugar.
Je t'aime.
Amor em Paris, tem sabor de fruta fresca, amor aqui se vai, murcha, torna-se a impossibilidade de nunca ser, para ser além, e esse além, de me ver ir, sem voos, sem flores, sempre sem...
Amor aqui é quente, se entrega, faz festa. Por amor eu faço marmita, arrumo a casa, me perfumo,tiro a roupa, desfaço a alma. Por amor eu canto ladainhas, faço prosa, leio um verso. Amor aqui é dos corpos, do suor, cheiro, sabor, quentura. Meu amor também é desejo.
O que restou? Inspiração. Teclado... Hoje mesmo vou contar estrelas. Cadente. Caminhar descalça, excitar meu ventre, meu colo, me embolar no gozo. Olhar. Contar contar, tirar as máscaras, ser meu papel. Arte.
Do quarto ao lado, ouço soluços. Prazer. Acordes pesados. Melodia. Extase. Mãos que se encontram pra voar. Aqui ainda é noite, vejo bruxas malvadas, entorpecem meu olhar. Onde está o chocolate? Doce, doçura. Amargura. Fica tudo cinza. Alma. Não faz careta, tenho medo. Segura minha alma. Me deita no colo. Conta uma história. Pode ser aquela. Paris. Café. Tem chantilly. Uma cereja. Manda a bruxa embora. Estupor. Diário de bordo. Alegria. Dor. Amor em Paris.
Bonjour, mon amour

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