
Da palavra não dita
Do riso medido
Da insanidade contida
De todos esses fragmentos da prosa cantada em forma de vida.
Não acredito em milagres
Acordo todos os dias e clamo por força.
A estrada sigo sozinha.
E o choro, deixo pra quando o coração puder falar.
As luzes se apagam e o Haiti grita por socorro
Grito contido, restrito, grito abaixo da linha da miséria
A terra tremeu. Partiu. Coração empobreceu...
Mas o carnaval vem chegando... Pão e circo pra macacada!
Ano de futebol, vai ser bom esquecer a política desse país de manda chuvas.
A fé? A religião? Pra quê?
Se ainda, a carne mais barata do mercado é a carne negra.
Brasil terra adorada és mãe de filhos “ingentis”
Onde estão os esquerdistas? Prestes e sua Coluna, Olga e sua força? O que é isso companheiro, vai ser bom rever... Guerra dos Farrapos, Cangaceiros de Maria Bonita e Lampião
A burguesia fede!
E a miséria mora ali.
Dessa vida, quero o conhecimento, a arte, o riso, o êxtase, o amor... Todos os fragmentos de uma vida iluminada.
Calo-me ou deixo as “bundinhas” balançarem? Fingir que mulher é artigo de decoração? Lanço-me ao mar com Luz Del Fuego.
Pra toda vulgaridade chamo Frida e todas as suas cores.
Pra poesia barata e filosofia da miséria, me arremesso à Lou, dou mãos e não solto. Chamem-me Simone, acompanhada de Sartre, por favor.
Se a história tem loirinhas pedófilas, me cantem os contos de Green, salvem a meninada!
Assim vou caminhando, esperando por Rilke, amante das palavras, ouvindo Tom, subindo Mangueira, acreditando na força da rapaziada. E como já dizia Gonzaguinha; Eu vou a luta é com essa juventude que não foge da raia a troco de nada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário